quinta-feira, 26 de novembro de 2015

I DIA DE SAÚDE NO TERREIRO-CARIRI

 Um evento muito proveitoso para toda a comunidade presente. Recebemos representantes de alguns grupos sociais que tiveram a oportunidade de conhecer um terreiro de tradição afro.

O evento iniciou às 16 H com uma saudação ao nkisi Pambu Njila(guardião das ruas)e após teve uma fala de acolhida do Tata Mutaruessy(Pai Samuel) que falou da importância do momento e agradeceu a presença de todos.
Foram exibidos dois vídeos que estão disponíveis no site youtube:
1- O cuidar no terreiro;
2-Saúde no terreiro;

Em seguida foi feita saudações às divindades que agem na saúde do ser humano(katende, Kavungo...), onde foi feito o rito do massangu ye jinsaba nzambiri(pipoca e folhas sagradas) e também ao nkisi patrono da casa, Tatetu Nzazi, Senhor da justiça.

Logo após, Pai Samuel deu a palavra ao Ronildo  Oliveira, que apresentou cada um dos profissionais da saúde que vieram realizar o  evento e fez uma abordagem geral sobre cada doença que foi trabalhada neste evento, com exames, prevenção e vacinas. Foram sorteados alguns brindes para os presentes.

Em seguida deu-se início aos serviços disponíveis apresentados no cartaz acima postado.

Por volta das 18:30, o Tata Mutaruessy e a Mametu Ndenge Ndamerewa(Mãe Lídia) iniciaram a palestra sobre "ERVAS  SAGRADAS E MEDICINAIS",onde foi exposto para todos presentes, algumas plantas, raízes e cascas comuns no terreiro, mostrando uso litúrgico e medicinal.

Foi um domingo de cuidado para aqueles que estão em contato com o sagrado. Momentos de descontração e valorização dos participantes do terreiro.







sábado, 5 de setembro de 2015

Racismo institucional

Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/09/relatorio-apresentado-na-onu-diz-que-brasil-tem-racismo-institucional.html


Relatório da ONU diz que Brasil tem racismo institucional
'Hierarquias raciais são culturalmente aceitas', diz relatório. Relatoras independentes visitaram o país em dezembro do ano passado.
12/09/2014 13h13 - Atualizado em 12/09/2014 14h09
Do G1, em São Paulo
O Brasil não pode ser chamado de democracia racial, mas é caracterizado por um "racismo institucional, em que hierarquias raciais são culturalmente aceitas", segundo estudo publicado no dia 4 de setembro e que deverá ser aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU no dia 23 de setembro.
O documento foi produzido por Mireille Fanon-Mendes France e Maya Sahli, duas relatoras independentes escolhidas pela ONU, que visitaram o país entre 4 e 14 de dezembro do ano passado. Elas se reuniram com autoridades do governo em Brasília, Pernambuco, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo o documento, a participação dos afrodescendentes na economia nacional é de apenas 20% do PIB, apesar de representarem mais da metade da população do Brasil. O desemprego é 50% maior entre os "afro-brasileiros" do que entre os descendentes de europeus, enquanto a média salarial entre os afrodescendentes é de US$ 466, quase metade dos US$ 860 dos descendentes de europeus.
"O racismo permeia todas as áreas da vida, no entanto, tem sido difícil aos afro-brasileiros para levantar e discutir o assunto" já que ainda existe o "mito da decodracia racial" no país, diz o relatório. "Isso é frequentemente usado por políticos conservadores para descreditar ações afirmativas e políticas e leis direcionadas (aos afrodescendentes)", acrescenta.
As relatoras também afirmam que notaram que o círculo de pobreza, habitação e educação inadequadas, oportunidades de emprego limitadas e desafios da justiça "continuam a afetar as vidas de afro-brasileiros em múltiplos níveis e os deixam marginalizados". Segundo o documento, "a educação ainda é uma das maiores áreas de discriminação e uma das principais fontes de desigualdade".
O relatório também conclui que uma lei que incrimine o racismo é um passo bem vindo para a luta contra o racismo a grupos marginalizados. "É importante que essa lei seja implementada completamente", afirma.